Sou filho único





Se você acha a vida de um filho único chata, esqueça. Conheça Stephanie Rocha, 17, uma garota que soube aproveitar todas as vantagens de ser a única “queridinha da mamãe”


O filho único tem um estigma. Dizem que é mimado, egoísta e cresce como se fosse o centro do universo, já que não precisou dividir a atenção dos pais com um irmão. Se você não pertence ao time, provavelmente deve ter essa impressão deles. Mas Stephanie Rocha, 17, está aqui justamente para defender a causa do “único herdeiro”.


Apesar de não ter tido irmãos para dividir os brinquedos na infância ou as roupas, na adolescência, Stephanie nunca se sentiu isolada e prefere ver as coisas pelo lado positivo. “Pelo menos, eu não passei por fases de brigas e ciúmes para disputar a atenção dos meus pais. Vejo minhas amigas brigando muito com seus irmãos por coisas bobas, apesar de se amarem, claro”, comenta.



Sobre a questão de crescer ganhando toda a atenção do mundo e por isso poder se tornar mimado, Stephanie é enfática. “Acho que a forma como minha mãe me criou não permitiu que eu ficasse assim, porque do mesmo jeito que sempre tive tudo, também ganhei responsabilidades. Ela sempre dividiu comigo os trabalhos de casa, por exemplo, e sempre me ensinou a ‘dividir’ as coisas”, revela. E a falta de um irmão sempre foi suprida por outras companhias desde a infância. “Dificilmente eu ficava sozinha, tinha primos, vizinhos e amigos da escola que sempre iam em casa ou eu frequentava a casa deles”.


SupermãeOs pais de Stephanie se separaram quando ela ainda era bebê, portanto o “peso” do filho único acabou se transformando numa deliciosa parceria com a mãe. “Tudo o que ela fazia sempre me levava, ela ia muito a shows em parques, museus, viagens com os amigos etc. Eu sempre achei legal essa convivência”. É claro que, com o tempo, Stephanie conquistou sua independência e já não acompanha mais tanto a mãe como antes. Agora, prefere as baladas com os amigos e sair com o namorado. “Mesmo assim, viajamos juntas quase todos os finais de semana para a praia. Eu adoro essa relação de amizade”, completa.


Toda essa aproximação contribuiu para algo muito importante na relação mãe e filha: as conversas. “Conto tudo para ela, conversamos muito e uma sempre tenta entender a outra, apesar das brigas que a gente tem quando ela não quer que eu faça algo. Mas sabemos que uma conversa resolve”, diz.


Vantagens e desvantagensComo tudo nessa vida, ser filho único também tem os dois lados. “Uma vantagem é que na minha casa só tem dois quartos, o meu e o da minha mãe. Se eu tivesse um irmão, teria de dividir o quarto com ele. Daí, adeus privacidade”. E as desvantagens? “Acho que rola uma superproteção da parte dos meus pais, por isso tenho uma cobrança maior em tudo, na escola, no controle para sair etc. Minha mãe, principalmente, está sempre preocupada. Se eu tivesse irmãos, o foco não ficaria totalmente voltado a mim”, comenta.


Pra finalizar, Stephanie garante: “Mesmo sendo o ‘centro das atenções’ tanto nas horas boas quanto nas horas ruins, não me lembro de ter sentido falta de um irmão. Vivo feliz assim, sendo a única”.



Você acredita que filhos únicos são mimados? Ou não tem nada a ver? Comente!

Fote:IG Jovem

entrevista não e esclussiva

CONVERSAS

0 comentários:

Postar um comentário

INICIO
DA PAGINA