Depoimento: Ana, a minha melhor amiga

Como é a vida de uma garota pró-anorexia


Nós já contamos a você todos os problemas sobre os transtornos alimentares e suas conseqüências, porém existem pessoas que acreditam que viver com a anorexia e a bulimia é uma opção. Veja agora a história de uma garota que vive há 

muitos anos em companhia da Ana e da Mia, suas melhores amigas.

Da Redação do Jovem

Sempre fui ruim pra me alimentar, mas essa preocupação aumentou depois que menstruei, com 13 anos. Todo 

aquele papo de que o corpo pode mudar para sempre pode mexer mesmo com a nossa cabeça. Sou bailarina e desde os 11 anos me preocupei com o corpo, mas sem saber direito o que estava fazendo. 


Aos 13, fui diagnosticada como anoréxica e a atenção da minha família se voltou a mim. Eles me enchiam de comida, como se isso resolvesse o problema, então eu comecei a miar (vomitar depois das refeições).Hoje tenho 21 anos, 1,64 m e 48 kg, mas minha meta são os 40. Já cheguei a pesar 39 kg.


Luto muito pra esconder a Mia de minha família, pois eles pensam que não mio mais. Eles acreditam que eu só tenho dificuldades pra me alimentar, como eles vêem no dia-a-dia. Faço dietas NF (no food – dieta de jejum) e LF (low food – dieta de baixas calorias) de 200 calorias, além de muito exercício.


Já cheguei a fazer 14 dias de NF e miar (vomitar) cinco vezes no mesmo dia. Mas sinto-me estranha quando dizem que sou doente. Eu não sou doente, só estou lutando pra chegar ao meu objetivo: o corpo perfeito. Quando tenho uma recaída, me sinto muito mal, como uma fracassada.


São poucas as minhas amigas que sabem que tenho anorexia e bulimia e que não são também. É difícil contar isso pra pessoas que não são, elas não entendem e acabam ficando no meu pé pra eu comer.

Não acho que a Ana (anorexia) e a Mia (bulimia) sejam um estilo de vida, massinto que nunca vou deixar de ser Ana; não porque eu não queira, mas sim porque acho que nunca vou deixar de me preocupar com meu corpo. O medo que tenho de engordar é incomparável a qualquer coisa.


Ela fez a escolha dela. O que você acha? Já passou por isso? Comente!

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